quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Justificação pela Teologia?!?!?!

Autor: 

Dustin Neeley

 Acts 29 Pastor - Louisville, Kentucky


Nosso inimigo tem muitas armas em seu arsenal.
Na antiguidade, Satanás enganou o povo de Deus para valorizar seu conhecimento sobre as Escrituras mais do que Àquele por trás delas. Hoje, ele engana o povo de Deus fazendo-os mais apaixonados por seus sistemas teológicos do que por seu Salvador - um perigo particular para nossa tribo.
Para esclarecer, eu sou a favor do estudo cuidadoso, reflexões teológicas e o ensino da Sã Doutrina na igreja. Mas deixe-me também alertar para que não venhamos a nos definir simplesmente por aquilo que acreditamos - não em um senso histórico "confessional", mas num sentido de: "Eu sou melhor do que você porque sou reformado e você não é!" 
Nós podemos saber que isto está acontecendo quando:

  • Se existe um desentendimento, nós defendemos o Calvinismo antes de procurar a unidade do Evangelho.
  • Somos perguntados sobre o que acreditamos e nos definimos como Calvinistas mais rapidamente do que como Cristãos.
  • E, talvez a pior de todas: quando nosso coração é mais cativado pelos 5 pontos do calvinismo do que pela pessoa e obra de Jesus.
Nós sabemos que isso é errado e prejudicial, então por que o fazemos?
Uma palavra: Orgulho.
Eu acredito que isso se manifesta em dois sentidos:

Todos queremos ser conhecidos por alguma coisa.
"Serial killers" por seus crimes, atletas por suas conquistas, e teólogos por sua teologia. Quando reconhecemos a nós mesmos como qualquer coisa em qualquer nível, nós sentimos que temos o direito de sermos reconhecidos por outros no mesmo nível. Quando não somos, lutamos para termos certeza de que não estamos sendo negligenciados.

Nós gostamos de pensar que entendemos Deus e a Bíblia completamente e os resumimos em um pequeno sistema de pensamento.
Isto nos faz sentirmos fortes e no controle. Mas não existe uma única pessoa escrevendo ou lendo este post que esteja certa em tudo que acredita. É impossível capturar tudo sobre Deus em qualquer sistema teológico. Seria muito bom se aceitássemos e vivêssemos essa verdade em humildade. Você vê. Você sente. Você, assim como eu, quer mudar. O que podemos fazer?

1. Se arrependa da idolatria teológica
Embora teologia seja algo excelente, não é o principal. É um meio para o fim de conhecer Deus e fazê-Lo conhecido. Em quais formas você a tem transformado na coisa principal? Confesse ao Senhor. Clame pelas promessas do Evangelho. Peça a Deus para ajudá-lo a não transformar o meio em um fim.

2. Acredite que o Evangelho é suficiente
Nós somos justificados na nossa teologia, não pela nossa teologia. Ore, estude, seja fiel; mas no fim do dia, descanse no fato de que é o sangue de Jesus que cobre nossos pecados, não quão conhecedores de doutrina nós somos. De tempos em tempos, dê uma pausa das "grandes questões" e volte às simples verdades das Escrituras para encorajar seu coração em quem Jesus é, o que ele fez por nós e quem nós somos Nele.


3. Esteja atento no futuro.

1 Co 8:1 nos diz que o conhecimento traz orgulho, mas o amor edifica. Aqueles de nós que temos a mente mais voltada à teologia precisamos manter esse versículo sempre em mente, especialmente quando estudamos. Precisamos, de forma consistente, nos engajar na humildade de Cristo vista em Fp 2 para nos mantermos equilibrados. Se não o fizermos, estaremos em risco de nos tornar apenas mais um teólogo zangado, com um cérebro grande e um coração pequeno.

Você tem se justificado pela sua teologia?

Tradução livre feita por Diego Lahos França

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Making fun of myself


Por Stephen Altrogge

Eu vou chegar logo e dizer: Eu sou (na maior parte do tempo) reformado. Isso significa que eu acredito em coisas como eleição incondicional, depravação total, etc. Eu creio que essas são doutrinas bíblicas.

Uma das principais queixas que eu já ouvi sobre cristãos reformados é que eles são arrogantes e gostam de bater com a verdade na cabeça das pessoas. E pra ser honesto, existe provavelmente uma verdade aí. Mas eu não quero ser um calvinista arrogante. Eu tenho muito que ser humilde nisso, inclusive em minhas “maniazinhas” reformadas. Então para nos ajudar a permanecer humildes, eu compilei uma lista das “Coisas típicas de Calvinistas”.

Calvinistas gostam de…

Usar Aspas Aéreas Quando Se Diz “Livre-Arbítrio”.

Se você disser as palavras “livre-arbítrio” sem colocar aspas aéreas ao redor delas, nós vamos interromper você e iniciar um interrogatório de cinco pontos. Para escapar, coloque aspas aéreas ao redor de qualquer coisa que se pareça com “livre-arbítrio”, por exemplo “Lívia Brito”.

Fazer Resoluções

Jonathan Edwards, que é o equivalente calvinista do Homem-aranha, fez mais de setenta resoluções. Nós calvinistas gostamos de fazer resoluções, postá-las em nosso blog, e então não cumpri-las. Nós particularmente gostamos de dizer a palavra “Resoluto”. E a palavra “Institutas”.

Citar John Piper

Nós tentamos manter uma taxa de 2:1 de Bíblia para Piper. Nós citamos dois versos da Bíblia e então uma sentença de “Don’t Waste your life” (Não desperdice sua vida). Quando nós vemos alguém colecionando conchas do mar, nós dizemos, “O que ele vai fazer com essa coleção de conchas quando ele chegar no céu?”

Diários De Anotações

Aparentemente existe algo espiritual nos diários de anotações, porque cada Calvinista tem pelo menos quatro. Uma para notas devocionais, um para sermões, um para listas de orações, e um para as estatísticas do Fantasy Football (NT: Jogo de futebol americano on-line). Por algum motivo nós sempre usamos caneta tinteiro, embora utilizar uma caneta tinteiro seja como tentar escrever com um polvo.

Corrigir Alguém Quando Ele Diz “Sorte”

Por favor não diga a palavra “sorte” perto de mim. Foi a Providência, não a sorte. E esse cereal matinal que você está comendo? Providence Charms. (N.T.: Lucky Charms é uma marca de cereal americano).

Amando C. S. Lewis

C. S. Lewis é basicamente o Bono do mundo reformado. Ele definitivamente não foi um Calvinista, mas nós continuamos absolutamente loucos pelo cara. Sim, ele tem algumas doutrinas não-bíblicas, mas você tem que continuar o amando. Somente um frio coração de máquina poderia ficar bravo com um cara que escreve sobre centauros e faunos.

Mostrar Que Somos Culturalmente Relevantes

Pessoas comumente associam a doutrina reformada com igrejas abafadas, velhas, fora de moda. Nós não gostamos disso, e fazemos tudo o que podemos para provar nossa relevância. Então nós fazemos referências ao seriado Três é Demais (Full House) e falamos sobre o quanto amamos o Creed (mesmo que provavelmente eles não sejam cristãos, mas nós não temos certeza).

Ok, isso é um começo. Nós, pessoas reformadas, podemos ser ridículas às vezes e temos de ser humildes nisso. Se você não é reformado, tudo bem. O que mais importa é o evangelho.

O que mais você gostaria de adicionar à lista?


***
Escrito por Stephen Altrogge sob o título “Stuff Calvinists Like”. A traduçao é do Luis, do Teofilia Compulsiva

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Quem é este pregador?




"... pois eu vos digo nesta noite... tenha fé e até as pedras se transformarão em pães em sua vida... Acredite na vitória e Deus vai encher a sua mesa do bom e do melhor... É chegada a hora da prosperidade..."

"... porque Deus vai colocar anjos ao teu redor para te guardarem... eles vão segurar suas mãos e você não vai tropeçar em pedra alguma. As dificuldades da sua vida vão acabar. Chega de tropeços... chega de derrotas... é hora da vitória..."

"... Deus lhe fez para ser cabeça e não cauda... Os reinos do mundo podem ser seus... Você é filho do Rei... prepare-se para a glória..."

Quem é este pregador da prosperidade? Você é capaz de identificá-lo?



Uma dica: A reposta está em Mt 4:1-11


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Ordenhando o carneiro



Por R.C. Sproul. Tradução por Diego Lahos França.
Uma Parte da série Right Now Counts Forever



Das muitas formas de legalismo existentes, nenhuma é mais mortal do que aquela que substitui a fé pelas obras, ou graça merecida como base da justificação.
A Reforma do século XVI foi uma luta mortal sobre esse tema. Foi uma luta pelo verdadeiro Evangelho, que havia sido eclipsado pela igreja medieval. Contudo, a erosão da doutrina da justificação somente pela fé não se iniciou na Idade Média. Ela tem suas raízes na época do Novo Testamento, com o aparecimento da "heresia dos gálatas". Os agitadores gálatas, que procuravam diminuir a autoridade do apóstolo Paulo, argumentavam em favor de um evangelho que requeria obras da lei não meramente como evidência da justificação, mas como um pré-requisito para a mesma. Este "Neo-Legalismo" estava em contradição direta ao ensino de Paulo em Romanos: "Sabemos que tudo o que a Lei diz, o diz àqueles que estão debaixo dela, para que toda boca se cale e todo o mundo esteja sob o juízo de Deus. Portanto, ninguém será declarado justo diante dele baseando-se na obediência à Lei, pois é mediante a Lei que nos tornamos plenamente conscientes do pecado.” (Rm 3:19–20, NVI).
Os chamados Judaizantes da Galácia procuravam adicionar as obras à fé como base necessária para justificação. Ao fazê-lo, eles corromperam o Evangelho da livre graça pelo qual nos somos justificados pela fé somente. Esta distorção levou Paulo ao seu repúdio mais veemente do que a qualquer outra heresia que ele houvesse combatido. Após sua afirmação de que não existia outro evangelho diferente daquele que ele havia proclamado e declarar amaldiçoados quem procurasse pregar "um evangelho diferente" (Gl 1), ele então repreende os gálatas: “Ó gálatas insensatos! Quem os enfeitiçou? Não foi diante dos seus olhos que Jesus Cristo foi exposto como crucificado? Gostaria de saber apenas uma coisa: foi pela prática da Lei que vocês receberam o Espírito, ou pela fé naquilo que ouviram?... É evidente que diante de Deus ninguém é justificado pela Lei, pois 'o justo viverá pela fé'” (Gl 3:1–2, 11, NVI). No início de sua epístola, Paulo expressa sua admiração em quão rapidamente os gálatas haviam abandonado o verdadeiro Evangelho e seguido um evangelho "diferente" que, na realidade, não era o evangelho. No entanto, a sedutora voz do legalismo tem sido poderosa desde o início. Esquemas de obras de justiça têm suplantado o Evangelho em todas as eras da história da igreja. Podemos citar Pelagianismo no século IV, Socinianismo no século XVI, e Liberalismo e Finneyismo no século XIX, para citar apenas alguns. Mas nenhum desses movimentos têm sido tão complexos e sistemáticos em sua adoção de uma visão legalista de justificação quanto a Igreja Católica Romana. Roma, por adicionar obras à fé e mérito à graça como pré-requisitos para justificação, tem reacendido as chamas da heresia dos gálatas.
Apesar de Roma, contra o Pelagianismo puro, insistir que a graça seja necessária para justificação, ela nega que apenas a graça justifica. Apesar de ensinar que a fé é necessária como iniciação, fundamento e raíz da justificação, ela nega que sejamos justificados somente pela fé. Ela adiciona as obras como requerimento para a justificação. Para que Deus nos declare justos, precisamos ser inerentemente justos, de acordo com Roma.
Roma adiciona o mérito à graça em duas formas diferentes. Primeiro, existe o "Mérito Congruente" (meritum de congruo), mérito que a pessoa adquire ao realizar obras de satisfação dentro do contexto do sacramento da penitência. Esses obras, feitas com o auxílio da graça, faz "congruente" ou "adequado" o fato de Deus justificar a pessoa.
Segundo, existem as obras de supererrogação. Estas obras estão acima e além do devido; portanto, elas rendem mérito excedente. Roma afirma que quando os santos alcançam mais méritos do que necessitam para entrar no céu, o excesso é depositado no "Tesouro de Méritos". Roma chama isto de "bens espirituais da comunhão dos santos." A partir deste tesouro a igreja pode dispensar mérito àqueles que não possuem a quantidade suficiente. Isto é feito através de "indulgências". O Catecismo da Igreja Católica define indulgência como: "A remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, (remissão) que o fiel bem-disposto obtém, em condições determinadas, pela intervenção da Igreja que, como dispensadora da redenção, distribui e aplica por sua autoridade o tesouro das satisfações (isto é, dos méritos) de Cristo e dos santos." Durante a Reforma, uma enorme controvérsia foi gerada em torno das indulgências. Os Reformadores insistiam que a única pessoa cujas obras tinham verdadeiro mérito diante de Deus era Cristo. É por Suas obras e Seu mérito apenas que podemos ser justificados. O valor dos méritos de Cristo não pode ser aumentado ou diminuído pelas obras de outros. No entanto, no sistema Romano, nossas obras não apenas valem para nossa própria justificação, mas se elas forem boas o suficiente, podem auxiliar aos que estão no purgatório que não possuem mérito suficiente para entrar no céu. Martinho Lutero declarou que a visão Romana dos méritos não passavam de fábulas vãs e especulações ilusórias sobre coisas sem valor. Ele argumentou que qualquer visão que incluísse nossas obras para nossa justificação não era apenas blasfema, mas ridícula. Ele disse: “Procurar ser justificado pela Lei é como se um homem, já fraco e doente, saísse em busca de outra doença maior, na esperança de curar sua dor, o que iria, é claro, trazer a ele maior ruína, como se um homem afligido por epilepsia procurasse adicionar peste a ela... Aqui, como diz o ditado, um ordenha o carneiro, enquanto outro segura a peneira sob ele." O ditado de Lutero declara uma tolice dupla. Tentar ordenhar um carneiro é tolice suficiente. Mas tentar trazer uma peneira para apanhar o leite completa a tolice. De igual modo, tentar ser justificado por qualquer forma de legalismo é tão tolo quanto tentar ordenhar um carneiro - mas com consequências muito mais severas.
A grande tragédia dos nossos dias não é apenas que o Catolicismo Romano e outras religiões, como o Islamismo, apresentem as obras como base necessária para a justificação. Em termos práticos, eu temo que a grande maioria dos Protestantes também depositem suas esperanças sobre suas próprias obras. Enquanto não desistirmos de procurar nossa justificação pelas obras, nós não teremos entendido o Evangelho.

Publicado originalmente em: http://pt.gospeltranslations.org/wiki/Ordenhando_o_carneiro

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Não Desperdice Seu Câncer


John Piper escreveu este texto na véspera da cirurgia de câncer de próstata à qual foi submetido:

Creio no poder de Deus para curar - por meio de um milagre e da medicina. Sei que é certo e bom orar pelos dois tipos de cura.
O câncer não é desperdiçado ao ser curado por Deus. Diante da cura, Deus receberá a glória. Então, não orar pela cura do câncer, fará alguém desperdiçar o seu câncer. Mas a cura NÃO é o plano de Deus para todos e nem por isso ele deixará de ser glorificado, pois sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.
Existem muitas outras formas de alguém desperdiçar seu câncer. Estou orando por mim e por você, para que não desperdicemos esta dor.

1. Você desperdiçará seu câncer caso não creia que isto foi planejado por Deus.

Não diga que Deus apenas usa nosso câncer, mas que não o planeja. O que Deus permite, ele o faz por uma razão. Por conseguinte, está razão é sua vontade.
Se Deus prevê desenvolvimentos moleculares tornando-se cancerígenos, ele pode deter isto ou não. Se não, ele tem um propósito. Por ser infinitamente sábio, é correto chamar este propósito de plano. Satanás é real e causa muitos prazeres e dores. Mas ele não é a causa última. Assim, quando ele atacou Jó com úlceras (Jó 2.7), Jó atribuiu-as a Deus (2.10), e o escritor inspirado concorda: “e o consolaram de todo o mal que o Senhor lhe havia enviado” (Jó 42.11). Se você não crê que seu câncer lhe foi planejado por Deus, você o desperdiçará.

2. Você desperdiçará seu câncer caso creia que ele é uma maldição, e não uma bênção.

“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8.1). “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gálatas 3.13). “Contra Jacó, pois, não há encantamento, nem adivinhação contra Israel” (Números 23.23). “Porquanto o Senhor Deus é sol e escudo; o Senhor dará graça e glória; não negará bem algum aos que andam na retidão.” (Salmos 84.11)

3. Você desperdiçará seu câncer caso procure conforto em suas chances de recuperação em vez de procurá-lo em Deus.

O plano de Deus em relação ao seu câncer não é treiná-lo no cálculo de chances de forma racionalista e humana. O mundo consegue conforto em estatísticas. Cristãos não. Aliás, nem devem. Alguns contam seus carros (porcentagens de sobrevivência) e outros contam seus cavalos (efeitos colaterais do tratamento), mas nós confiamos no nome do Senhor, nosso Deus (Salmos 20.7). O plano de Deus está claro em 2 Coríntios 1.9: “portanto já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos”. O objetivo de Deus relativo ao seu câncer (entre várias outras coisas boas) é derrotar a autoconfiança em nosso coração para podermos descansar completamente nele.

4. Você desperdiçará seu câncer caso se recuse a pensar na morte.

Todos nós morreremos, caso Jesus não retorne em nossos dias. Não pensar sobre como seria deixar esta vida e encontrar Deus é tolice. Eclesiastes 7.2 diz: “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete; porque naquela se vê o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração”. Como você pode aplicar esta verdade a seu coração se não pensa nela? O Salmos 90.12 diz: “Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios”. Contar seus dias significa pensar sobre quão poucos eles são e que terminarão. Como você conseguirá um coração sábio se você se recusa a pensar nisto? Que desperdício, caso não pensemos sobre a morte!

5. Você desperdiçará seu câncer caso pense que “vencê-lo” significa sobreviver e não aproximar-se de Cristo.

Os planos de Deus e os planos de Satanás para seu câncer não são os mesmos. Satanás deseja destruir seu amor por Cristo. Deus planeja aprofundá-lo. Da perspectiva do Reino, amarmos mais a Deus é mais importante do que sermos curados por ele. O câncer não vencerá se você morrer, vencerá se você falhar em aproximar-se de Cristo. O plano de Deus para a sua vida é privá-lo do alimento do mundo e satisfazê-lo com a suficiência de Cristo. Isto tem o objetivo de ajudá-lo a dizer e a sentir: “tenho também como perda todas as coisas [inclusive a minha saúde e a minha vida!] pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor”. E saber, portanto, que “o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Filipenses 3.8; 1.21).

6. Você desperdiçará seu câncer caso gaste mais tempo lendo sobre o câncer do que sobre Deus e a sua Palavra.

Não é errado ler sobre o câncer. Ignorância não é virtude. Mas, o desejo de saber mais e mais, e a falta de zelo pelo conhecimento contínuo de Deus é sintomático no incrédulo. Da perspectiva de Deus, o objetivo do câncer é acordar-nos para a realidade de Deus, colocar sensações e força no mandamento “Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor” (Oséias 6.3), acordar-nos para a verdade de Daniel 11.32: “O povo que conhece ao seu Deus se tornará forte, e fará proezas”, tornar-nos carvalhos indestrutíveis e firmes: “antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite. Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará.” (Salmos 1.2, 3). Que desperdício será lermos dia e noite sobre o câncer e nada a respeito de Deus!

7. Você desperdiçará seu câncer caso se isole em vez de aprofundar seus relacionamentos, manifestando afeição.

Quando Epafrodito trouxe os presentes enviados pela igreja de Filipos para Paulo, ele ficou doente e quase morreu. Paulo diz aos filipenses: “porquanto ele tinha saudades de vós todos, e estava angustiado por terdes ouvido que estivera doente” (Filipenses 2.26). Que reação maravilhosa! Não diz que estavam angustiados porque Epafrodito estava doente, mas que ele estava angustiado porque os filipenses ouviram que ele estava doente. Este é o tipo de coração que Deus pretende criar com o câncer: o coração profundamente afetivo e preocupado com as pessoas. Não desperdice seu câncer voltando-se para si mesmo.

8. Você desperdiçará seu câncer caso se entristeça como quem não tem esperança.

Paulo usa esta expressão para designar pessoas cujos entes queridos haviam morrido: “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais como os outros que não têm esperança” (1Tessalonicenses 4.13). Existe tristeza na morte. Mesmo para o crente que morre, há uma perda temporária—a perda do corpo, de entes queridos e do ministério terreno. Mas a tristeza é diferente—é permeada pela esperança: “desejamos antes estar ausentes deste corpo, para estarmos presentes com o Senhor” (2 Coríntios 5.8). Não desperdice seu câncer ficando triste como quem não tem esta esperança.

9. Você desperdiçará seu câncer caso trate o pecado tão normalmente quanto antes.

Seus pecados freqüentes permanecem tão atrativos quanto antes de você ter câncer? Se a resposta for afirmativa, então você está desperdiçando seu câncer. O câncer foi planejado para destruir o apetite pelo pecado. Orgulho, ganância, luxúria, ódio, falta de perdão, impaciência, preguiça, procrastinação—todos estes são adversários que o câncer deve atacar. Não pense apenas em lutar contra o câncer. Pense também em usá-lo. Todas estas coisas são piores que o câncer. Não desperdice o poder do câncer para esmagar estes adversários. Deixe a presença da eternidade tornar os pecados temporais tão fúteis como eles realmente são. “Pois, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder-se, ou prejudicar-se a si mesmo?” (Lucas 9.25).

10. Você desperdiçará seu câncer caso falhe em utilizá-lo como meio de testemunhar a verdade e a glória de Cristo.

Os cristãos nunca se encontram em determinado lugar por acidente. Existem razões para as quais somos levados onde estamos. Considere o que Jesus diz sobre circunstâncias inesperadas e dolorosas: “Mas antes de todas essas coisas vos hão de prender e perseguir, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, e conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Isso vos acontecerá para que deis testemunho” (Lucas 21.12-13). Assim também é com o câncer. Essa será uma oportunidade para testemunhar. Cristo é infinitamente digno. Aqui está uma oportunidade de ouro para mostrar que Jesus vale mais que a vida.
Não a desperdice o seu câncer. Lembre-se de que você não foi deixado sozinho; terá a ajuda necessária: “Meu Deus suprirá todas as vossas necessidades segundo as suas riquezas na glória em Cristo Jesus” (Filipenses 4.19).

Originalmente postado em:

http://www.desiringgod.org/resource-library/taste-see-articles/dont-waste-your-cancer

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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Traição Cósmica




Por R.C. Sproul. Tradução por Diego Lahos França.
Uma Parte da série Right Now Counts Forever



O termo “corrupção do pecado” soa como uma redundância vazia, que não adiciona nenhuma informação ao assunto em questão. No entanto, a necessidade de falar sobre a corrupção do pecado tem sido empurrada a nós por uma cultura e até mesmo por uma igreja que têm minimizado o significado do pecado em si.
O pecado tem sido comunicado nos nossos dias em termos de "erros cometidos" ou "escolhas erradas". Quando faço uma prova ou um teste de ortografia, se eu cometo um erro, me engano em uma palavra em particular. Uma coisa é cometer um erro. Outra coisa é olhar a prova de quem está ao meu lado e copiar suas respostas para tirar uma boa nota. Neste caso, meu erro foi elevado ao nível de uma transgressão moral. Embora o pecado possa estar envolvido em erros cometidos, como o resultado de preguiça na preparação para o exame, ainda assim, o ato de colar leva o exercício a um nível mais sério.
Chamar o pecado de “escolha errada” não está incorreto, mas é também um eufemismo que pode minimizar a severidade da ação. A decisão de pecar é, de fato, uma escolha errada, mas, mais uma vez, é mais do que um erro. É um ato de transgressão moral.
Em meu livro “The Truth of the Cross”1 eu passo todo um capítulo discutindo esta noção da corrupção do pecado. Eu inicio o capítulo usando uma ilustração da minha completa incredulidade quando recebi uma edição recente de “Bartlett’s Familiar Quotations”2. Embora eu estivesse feliz de receber esta publicação gratuitamente, eu estava intrigado em saber o porquê alguém iria enviá-la a mim. Enquanto folheava pelas páginas das citações que incluiam declarações de Emanuel Kant, Aristóteles, Tomás de Aquino, e outros, para meu completo assombro me deparei com uma frase de minha autoria. O fato de eu ser citado em uma obra tão erudita definitivamente me surpreendeu. Eu estava intrigado em saber o que eu poderia ter dito que mereceria ser incluído nesta coleção, e a resposta foi uma simples declaração atribuída a mim: “O pecado é uma traição cósmica.”
O que eu quis dizer com esta declaração era que mesmo o menor pecado que a criatura possa cometer contra seu Criador ataca com violência a santidade do Criador, Sua glória e Sua justiça. Todo pecado, independentemente de quão insignificante pareça, é um ato de rebelião contra o Deus soberano que reina e governa sobre nós e, portanto, é um ato de traição contra o Rei cósmico.
Traição cósmica é um modo de caracterizar a noção de pecado, mas quando olhamos para os modos como as Escrituras descrevem o pecado, vemos três modos que se destacam. Primeiro, pecado é uma dívida; segundo, é uma expressão de inimizade; terceiro, é descrito como um crime.
Em primeira instância, nós pecadores somos descritos pelas Escrituras como devedores que não têm condições de pagar suas dívidas. Neste caso não estamos falando de dívidas financeiras, mas sim de uma dívida moral. Deus tem o direito soberano de impor obrigações sobre Suas criaturas. Quando falhamos em cumprir estas obrigações, somos devedores de nosso Senhor. Este débito representa uma falha em cumprir uma obrigação moral.
A segunda forma em que o pecado é descrito biblicamente é como uma expressão de inimizade. Quanto a esta forma, o pecado não está restrito meramente a um ato externo que transgride uma lei divina. Mais do que isso, representa uma motivação interior, uma motivação dirigida por uma hostilidade inerente contra o Deus do universo. Raramente é abordado na igreja ou no mundo o fato de que a descrição bíblica da queda humana inclui uma acusação de que somos, por natureza, inimigos de Deus. Em nossa inimizade contra Ele, não queremos tê-Lo nem mesmo em nossos pensamentos, e esta atitude revela a hostilidade contra o fato de que Deus nos ordena a obedecer Sua vontade. É por causa deste conceito de inimizade que o Novo Testamento tão frequentemente descreve nossa redenção usando o termo reconciliação. Uma das condições necessárias para uma reconciliação é a que deve existir alguma inimizade anterior entre no mínimo duas partes. Esta inimizade é pressuposta no trabalho redentor de nosso Mediador, Jesus Cristo, que supera esta dimensão de inimizade.
A terceira forma na qual a Bíblia fala do pecado é em termos de transgressão da lei. O Catecismo Menor de Westminster responde à décima quarta questão, “O que é pecado?” da seguinte forma, “Pecado é qualquer falta de conformidade com a lei de Deus, ou qualquer transgressão dessa lei.” Aqui vemos o pecado descrito tanto na forma passiva quanto ativa de desobediência. Falamos em pecados comissivos (ação) e pecados omissivos (omissão). Quando falhamos em fazer o que Deus requer de nós, vemos esta falta de conformidade a Sua vontade. Mas não somos apenas culpados de falhar em fazer o que Deus requer de nós, nós também ativamente fazemos o que Deus proíbe. Neste caso, o pecado é uma transgressão da lei de Deus. Quando alguém viola gravemente a lei dos homens, nós não falamos de suas ações meramente como uma simples contravenção, mas, em última análise, como crime. Da mesma forma, nossas ações de rebelião e transgressão da lei de Deus não são vistas por Ele como meras contravenções; ao invés disso, elas são perversas. São criminosas em seu impacto. Se considerarmos seriamente a realidade do pecado nas nossas vidas, veremos que temos cometido crimes contra um Deus santo e contra Seu reino. Nossos crimes não são virtudes; são imorais, e qualquer transgressão contra um Deus santo é imoral por definição.
Apenas quando passamos a entender quem é Deus, é que podemos ter um real conhecimento da gravidade de nosso pecado. Por vivermos no meio de um povo pecaminoso, onde os padrões de comportamento humano são determinados pelos padrões da cultura ao nosso redor, nós não percebemos a gravidade das nossas transgressões. Nós ficamos, de fato, acomodados em Sião. Porém, quando o caráter de Deus se torna claro para nós e nos tornamos capazes de medir nossas ações não em relação a outros seres humanos, mas absolutamente em relação a Deus, Seu caráter e Sua lei, então começamos a ser despertados quanto à magnitude do caráter da nossa rebelião.
Apenas quando passarmos a levar Deus a sério, passaremos a considerar seriamente o pecado. Mas se tomarmos conhecimento do justo caráter de Deus, então nós, assim como os santos do passado, cobriremos nossas bocas com nossas mãos e nos arrependeremos em pó e cinzas diante Dele.




NT:
1 - "A verdade da Cruz" - Livro escrito por R. C. Sproul não lançado em português. (http://www.ligonier.org/store/truth-of-the-cross-hardcover/)
2 - “Bartlett’s Familiar Quotations" - ou simplesmente Bartlett's, é a mais antiga e a mais distribuída coleção de citações. O livro foi primeiramente publicado em 1855 por John Bartlett e está atualmente na décima sétima edição, publicada em 2003.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Ainda que a terra trema...

"Por volta da meia-noite, Paulo e Silas estavam orando e cantando hinos a Deus; os outros presos os ouviam. De repente, houve um terremoto tão violento que os alicerces da prisão foram abalados. Imediatamente todas as portas se abriram, e as correntes de todos se soltaram." Atos 16.25-26



Nos últimos dias, temos acompanhado com profundo pesar a tragédia acontecida no Haiti.
O terremoto que atingiu o país contribuiu para aumentar ainda mais o sofrimento daquele povo, que já há tanto tempo luta contra a miséria e desolação.
Como é comum diante de catástrofes naturais como esta, muito se questiona sobre a bondade de Deus.
O mundo todo, inclusive os ateístas, se viram contra Deus e indagam: "Como um Deus que É amor pode permitir um desastre desta magnitude contra a humanidade? Contra um povo que já tem tantas mazelas a enfrentar?"

Como as perguntas feitas pelo apóstolo Paulo: "Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?" Eu não ouso tentar explicar acontecimentos como este, me basta a certeza de que Deus está no controle de todas as coisas.

Mas ao ler a passagem em que Paulo e Silas se encontravam na prisão, orando e louvando a Deus, quando um grande terremoto aconteceu, me faz pensar em algumas coisas:

  • Uma vida de dedicação a Deus não nos livra de perseguições! Pelo contrário, uma vida de fidelidade a Deus, de compromisso sincero com a pregação da Verdade traz perseguição sobre perseguição. A pregação do Evangelho de arrependimento é contrária a todos os valores "politicamente corretos" de nossa sociedade pós-moderna. Se quisermos ser fiéis a Deus, temos que estar preparados para as perseguições.
  • A prática diária de oração e louvor a Deus não nos livra do terremoto! Enquanto oravam e louvavam a Deus, Paulo e Silas passaram pelo terremoto. Tento imaginar a situação em que eles se encontravam, acorrentados em uma prisão, ainda assim louvando a Deus, de repente um terremoto começa a abalar os alicerces do local. Não seria fácil para nós, na mesma situação, nos sentirmos injustiçados? O que me leva à 3ª consideração:
  • Nas mãos de Deus, qualquer terremoto é instrumento de libertação! Nós somos tão limitados em nosso entendimento que nos é impossível vislumbrar, por um momento que seja, os propósitos de Deus em meio ao sofrimento. Mas a Palavra de Deus nos dá essa segurança: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade. Por isso não temeremos, ainda que a terra trema e os montes afundem no coração do mar." Salmos 46.1-2
Que Deus nos ajude quando estivermos passando por dificuldades a confiar em Sua Providência.
Que Deus nos dê um coração que se compadece dos que sofrem e que sejamos prontos a ajudar os que precisam.

Como Ajudar?

Para auxiliar as vítimas do terremoto no Haiti, você pode ajudar através de organizações de raízes cristãs, como a Visão Mundial:



  • por depósito nas contas:
    • Bradesco (Ag.: 3206-9 / CC: 461666-9)
    • Banco do Brasil (Ag.: 0007-8 / CC: 16423-2)
  • ou preencha este formulário.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Todas as coisas COOPERAM para o bem...


"Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?" Lucas 11.13


Ontem, minha esposa e eu tivemos a difícil tarefa de levar nosso filho, o Matteo* (esse rapazinho lindo da foto), para tomar suas primeiras vacinas... Uma experiência extremamente dolorosa para os pais de primeira viagem.
Meu coração praticamente se dissolveu, ao vê-lo sorrindo tão feliz, enquanto eu o preparava para levar as 2 dolorosas injeções necessárias.
Enquanto a enfermeira aplicava as injeções eu fui incumbido de segurar suas perninhas para que ele não se machucasse durante o procedimento. Tarefa ingrata! Fui capaz de ver em seus olhos uma expressão de tristeza, como se ele quisesse me dizer: "Papai, por que você está permitindo que isso aconteça? Você não vê que estou sofrendo? Por favor me tire desta situação!" E, embora eu soubesse a dor que ele sentia, sabia também que era algo necessário para protegê-lo de diversas doenças, mesmo que ele não pudesse entender.

No caminho de volta para casa, Deus me mostrou que, por diversas vezes, ao passar por situações difíceis, eu reagi da mesma forma, questionando-O da mesma maneira: "Papai, por que você está permitindo que isso aconteça? Você não vê que estou sofrendo? Por favor me tire desta situação!" Sem saber que essas situações difíceis foram necessárias para me proteger, sem entender os propósitos de Deus, sem confiar em Sua Soberania e sem me lembrar que "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus".


Mesmo que as picadas que levamos na vida sejam dolorosas, devemos confiar em Deus, sabendo que Ele sabe o que é melhor.


Diego Lahos França




*Conheça mais sobre a história do Matteo - http://www.youtube.com/watch?v=NAq6CXV3jPg

sábado, 16 de janeiro de 2010

First of all...


Como um "early adopter" de tudo quanto é ferramenta tecnológica até que resisti bastante à ideia de adotar um blog pessoal. Porém alguns pensamentos foram se acumulando e resolvi que não deveria deixá-los cair no esquecimento, mesmo que ninguém os leia, fica um repositório pessoal daquilo que Deus tem colocado em meu coração, no dia-a-dia, nas pequenas coisas, e nas grandes também.

A ideia é manter um arquivo de devocionais, meditações e estudos da Palavra de Deus e, na medida do possível, quando o tempo permitir, postarei algumas traduções livres de artigos de pessoas que influenciaram (e ainda influenciam) minha vida, como R. C. Sproul, John Piper, M.Lloyd-Jones, Paul Washer, e outros...

Soli Deo Gloria.